Equador de MST é plágio?
Foi um dos livros que mais gostei de ler nos últimos anos e quando soube que se andava a dizer que poderia haver plágio, fiquei desolada. Pesquisei e encontrei um blog que explica bem qual o livro plagiado e até refere quais as partes de ambos que são semelhantes.
Então reparem nisto:
Luís Bernardo Valença, instalado confortavelmente num assento de uma carruagem de 1ª Classe, recosta-se e observa a paisagem alentejana ao mesmo tempo que vai rememorando as circunstâncias desta sua inesperada viagem. Estava em Lisboa e foi chamado a Vila Viçosa, ao palácio real, onde será convidado a assumir uma função absolutamente inesperada: a de Governador de S. Tomé.
Louis Francis Mountbatten, instalado confortavelmente no assento de um automóvel, recosta-se e observa a paisagem londrina ao mesmo tempo que vai rememorando as circunstâncias desta sua inesperada viagem. Estava em Zurique e foi chamado a Downing Street, residência do Primeiro-Ministro, onde será convidado a assumir uma função absolutamente inesperada: a de último Vice-Rei da Índia.
Ambos são jovens bem parecidos com ambições e consideram absurdas as propostas que lhes são apresentadas.
Assim se iniciam os livros «Equador», de Miguel Sousa Tavares, e «Fredom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins.
Calunia anónima? Espero que sim.
2 Comments:
Atenção amiga!! Vê o que diz o DN:
O DN comparou os textos que estão na base da acusação anónima e concluiu que esta é infundada. Miguel Sousa Tavares não plagiou no romance Equador (Oficina do Livro) a obra Esta Noite a Liberdade, de Dominique Lapierre e Larry Collins, sobre a independência da Índia - cuja capa da primeira edição (Círculo de Leitores) reproduzimos.
Por ser difícil a explicação escrita de ambos os textos, copiamos em baixo as versões do blogue e a página 11 do livro de Sousa Tavares. O anónimo sugere, erroneamente, que o início de Equador seria decalcado quase palavra a palavra da abertura de Esta Noite a Liberdade (ver caixas), o que não acontece. E quais serão as consequências de ataques deste tipo? Não é o alcance da reprodução da calúnia na blogosfera - e respectiva repercussão nos media - mais amplificada do que o direito de resposta?(...)
O suposto "plágio" resume-se, na verdade, a apenas três páginas de Equador (págs. 245, 246 e 247), em que Sousa Tavares evoca diversos episódios exóticos da vida de marajás indianos - um tema secundário do romance. Comparadas as versões, além de se perceber que não há plágio no sentido estrito do termo, entende-se facilmente que as fontes históricas do escritor português sobre o assunto não se limitaram ao livro Esta Noite a Liberdade. O que o próprio confirma: "Uma das fontes foi a colecção da revista London Week News , da qual possuo números de 1878 a 1938."
Ainda bem!! Também nós (cá em casa) adorámos o livro Equador e seria uma enorme perda se fosse plagiado. Mas olha que mesmo que fosse plagiado é de facto uma obra muitíssimo bem escrita!!
Já se fizeram estragos foi na reputação do MST...
Acho terrível a acusação. Na minha opinião, Miguel Sousa Tavares é um romancista exímio e "Equador" uma obra que será eterna, pela extrema qualidade narrativa e histórica. Pode-se dizer que corre bem no sangue de Miguel Sousa Tavares o sangue da sua mãe, pois se esta era e será sempre uma poetisa incontornável, o filho será um grande contador de histórias também.
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