Nao me levem a mal!
Não fiquem chocados antes de acabarem de ler. Na Ilha Terceira, há uma tradição que consiste na largada de um touro, preso apenas por uma corda com muitos metros de comprimento agarrada por quatro ou cinco pastores, numa rua ou estrada cortada ao trânsito. O touro é levado dos pastos para essas ruas dentro de umas gaiolas em cima de uns camiões. Quando o touro sai para a rua é lançado um foguete, quando é recolhido à gaiola ouvem-se dois foguetes.
Apesar de odiar as touradas na generalidade, porque os animais (touros e cavalos) sofrem torturas desmedidas e ficam ensaguentados durante horas, na arena, e às vezes dias, já fora das arenas, acabei por apreciar o espectáculo terceirense. E porquê? Porque quem apanha é o ser humano que corajosamente enfrenta o touro obviamente em vantagem (é maior, mais forte e mais veloz na corrida) e porque os animais vivem tranquilamente em pastos paradisíacos toda uma vida. O seu único sofrimento é de facto a parte da gaiola desde o pasto até à tourada. Alguns desses touros são tão bons a colher e a dar cornadas na malta que ficam célebres e são muito requisitados. Esse é o caso da Maria Eliza, touro hermafrodita, de cornos apontados em diferentes direcções e de cor perfeitamente indefinível. Duas das grainhas (e amigos participantes dos comments) já viram esta menina em acção! E vejam só que vários anos depois (vimo-la em 2002 e 2003) ela é eleita a mais brava! Eh, toiro mai lindo!
6 Comments:
Igualdade de circunstâncias!? Aos sortudos dos touros ninguém faz emborcar grande quantidade de sande de torresmos e sumo de uva fermentado (bebidas espirituais) antes da defrontação! Coitados dos moços, correm a fugir do touro e alimentados a álcool destilado! Mesmo assim, às vezes perdem a corrida e ganham um passeio de ambulância à borla. É de morrer a rir, excepto claro quando há ferimentos graves.
Quanto aos "capinhas" (os tipos da corda), só vão lá a garantir que o bovino não passa as linhas brancas pintadas na estrada, caso contrário o responsável pelos danos na propriedade alheia passa a ser o ganadeiro.
Tantas saudades dessa terra no mar achada...
Os pastores é que agarram as cordas. Os capinhas são os que fazem aquelas belas habilidades em frente ao touro. Pessoalmente havia um capinha que era o meu favorito, já não me lembro do nome dele mas sei que é um criminoso, que usava uns lindos fatos de treino com sapatinho de ir à missa e a indispensável meia branca, é pró balofo, tem bigode e um rabicho de cavalo inconfundível na nuca! As minhas habilidades preferidas dos capinhas metiam artefactos como guarda-chuvas e lenços vermelhos.
Marília, se por aqui passares, diz se escrevi alguma asneirada!
Grande Eliza, continua a ser a maior! quando lá fui, até gostei de ver a malta a levar forte e feio da bicharada, só lá vai quem quer e há maior igualdade entre ambos.
Naquele ano, estava tudo muito xoxo até entrar a Eliza, depois foi ver marrada a torto e a direito. Quando a coisa fica morna, há sempre a Eliza para salvar a situação.
No final fomos à caixa dar um grande olé à Eliza e o pastor disse-nos: "A Eliza é macho-fêmea bravo".
Para sempre serei admiradora da Eliza. Bicho lindo!
Olá nat aka psipsina,
vim agradecer a passagem la no cantinho, e dar-te os parabens pelo Vosso espaço que está demais!!!
A Maria Elisa é o máximo....desculpem!!!Está hiper fotogénica!!!!!!!!
E realmente....ser hermafrodita...não é para todos!!!
:))))
Beijocas e a promessa de voltar!!
PS:posso linkar-vos?
Looks nice! Awesome content. Good job guys.
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