Grainhas de Kiwi

Somos três amigas que já estão fartas de falar ao telemóvel e como tal resolvemos criar este blog (uma experiência nova para nós) onde pretendemos partilhar convosco os nossos pensamentos, o que gostamos, o que odiamos, o que nos faz comichão, o que nos faz sorrir e o que nos faz chorar. Enfim, queremos entrar em contacto com todos vós através deste modelo de interacção. Na realidade, temos é medo de perder o comboio da tecnologia.

sábado, outubro 28, 2006

CSI - Grave Danger



Não percam hoje, na SIC às 00:15 o último episódio da quinta série de CSI Las Vegas. Este episódio foi dirigido por Quentin Tarantino e a ausência de "fôlego" sentida durante todo o episódio é bem característica do mestre.
Passou bastante tempo desde a última vez que Tarantino dirigiu um episódio de uma série, mas talvez ainda se lembrem do penúltimo episódio da primeira série de Emergency Room. Quem viu não esquece.

sexta-feira, outubro 27, 2006

O paragrafo do Equador de MST diz o seguinte:

"Mas agora, recostado na confortável poltrona de veludo carmim da primeira classe, Luís Bernardo via desfilar tranquilamente a paisagem através da janela, observando como aos poucos se instalava o terreno plano, semeado de sobreiros e azinheiras, tão característico do Alentejo, e como o céu de chuva que deixara em Lisboa ia timidamente abrindo clareiras pelas quais espreitava já um reconfortante sol de Inverno. Procurava ocupar aquelas preguiçosas horas de viagem até Vila Viçosa na leitura sonolenta do Mundo, o seu jornal de todos os dias..."

Este é o segundo parágrafo da sexta edição do Equador. Bastante diferente da acusação que lhe é feita.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Equador de MST é plágio?

Foi um dos livros que mais gostei de ler nos últimos anos e quando soube que se andava a dizer que poderia haver plágio, fiquei desolada. Pesquisei e encontrei um blog que explica bem qual o livro plagiado e até refere quais as partes de ambos que são semelhantes.
Então reparem nisto:

Luís Bernardo Valença, instalado confortavelmente num assento de uma carruagem de 1ª Classe, recosta-se e observa a paisagem alentejana ao mesmo tempo que vai rememorando as circunstâncias desta sua inesperada viagem. Estava em Lisboa e foi chamado a Vila Viçosa, ao palácio real, onde será convidado a assumir uma função absolutamente inesperada: a de Governador de S. Tomé.
Louis Francis Mountbatten, instalado confortavelmente no assento de um automóvel, recosta-se e observa a paisagem londrina ao mesmo tempo que vai rememorando as circunstâncias desta sua inesperada viagem. Estava em Zurique e foi chamado a Downing Street, residência do Primeiro-Ministro, onde será convidado a assumir uma função absolutamente inesperada: a de último Vice-Rei da Índia.
Ambos são jovens bem parecidos com ambições e consideram absurdas as propostas que lhes são apresentadas.
Assim se iniciam os livros «Equador», de Miguel Sousa Tavares, e «Fredom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins.

Calunia anónima? Espero que sim.

domingo, outubro 22, 2006

Tortura e Glória

Li, hoje, um conto de Clarice Lispector que se chama "Tortura e glória". Achei maravilhoso e pela primeira vez, descobri uma descrição sobre a relação entre uma personagem e os livros, semelhante à minha relação com os ditos. Para quem já me ouviu dizer que tenho uma relação tântrica com os livros que gosto e não percebeu o que quero dizer, leiam o conto.
Se gostarem do conto, leiam " A paixão segundo G.H.", um dos melhores livros que li. Para mim, esta Senhora é uma das melhores escritoras de expressão portuguesa do século passado.

"Chegando a casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei mais comendo pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade.
(...) Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êstase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante."

quinta-feira, outubro 19, 2006

Coupling

Coupling é basicamente uma série sobre sexo que retrata o fascínio quase pueril masculino sobre este assunto.
Trata-se de uma série muito bem escrita com uma boa dose de humor tipicamente british. Deixo aqui algumas citações para terem uma ideia…


Sally: Bottoms are our natural enemy... They follow us around our entire lives, right behind us, and constantly growing. How do they do that? I'm sure mine's back there secretly snackin

Jeff: I am a prison for sperms. Those poor little tadpoles have been sentenced to life in Jeff Murdock's groin. And let me tell you, that can be a pretty lonely place.

Sally: I hate having sex at home. I've got a listening flatmate.
Jane:Oh no, I hate those. Do you have to be really quiet for her?
Sally:No, I have to be really loud. We're very competitive.

Sally: I’ve always wanted to date a gynaecologist. I wanna know I’m special.

Jeff:It must be alot easier being gay. Sex must be a piece of piss if you're gay.
Howard:Why's that?
Jeff: Well, see, if you're gay, right... if you're gay, masturbation is practice! You can have a good old practice on you own, and when you're ready, when you got the hang of it, you have a go on someone else's.

Patrick: I never make more than one sex tape of a woman. I am not a pervert.

Jeff: You know what having a girlfriend is like? Having a girlfriend is like legalized sex.

Sally: A woman’s breasts are a journey. Her feet are the destination.

Patrick: When man invented fire, he didn’t say, 'hey, let’s cook', he said, 'great, now we can see naked bottoms in the dark.'


Adoro

- o Jeff! Os diálogos, as reacções, as situações em que se mete…

- a empatia entre todos os actores

- Temporada 1, Episódio 4 “Inferno” com o monólogo do Patrick que tenta descrever, de uma forma intelectual, o “argumento” de um filme lésbico pornográfico. Está um espectáculo!!!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Sex and the city

Em conversa com a amiga julia s. sobre o sexo e a cidade, personagens, episódios, situações que nos lembrava-mos, acabamos a tentar colar-nos a uma das personagens. É claro que disse logo, sem dúvida qual a que achava que tinha mais a ver comigo. Chegando a casa, lembrei-me que tinha visto num blog um teste sobre isso, pesquisei e cá o deixo para vós. Claro que o resultado que deu, só me deu razão e fico feliz por isso. Tentem agora vocês e desafio-vos a me dizerem o resultado.

You Are Most Like Miranda!

While you've had your fair share of romance, men don't come first
Guys are a distant third to your friends and career.
And this independence *is* attractive to some men, in measured doses.
Remember that if you imagine the best outcome, it might just happen.


Romantic prediction: Someone from your past is waiting to reconnect...

But you'll have to think of him differently, if you want things to work.



E agora alguns diálogos que acho hilariantes:

Miranda: It's my clitoris, not the sphinx!
Carrie: I think you just found the title of your autobiography !


Samantha: I have a date with a dildo.

Samantha: I'm a "trisexual". I'll try anything once.

Carrie: You can't make friends with a squirrel. Squirrels are just rats with cuter outfits.

Charlotte: Is it safe to buy pot from strangers?
Miranda: They're not strangers, they're our new friends with pot.

Samantha: I need a new gynecologist. Do you like yours?
Miranda: Not right now, no.
Samantha: Well, at least she's a woman. I tried to go to a man, but it was just too strange. Having a guy spend all that time down there and then you leave, without an orgasm and a bill!

Carrie: Later that day I got to thinking about relationships. There are those that open you up to something new and exotic, those that are old and familiar, those that bring up lots of questions, those that bring you somewhere unexpected, those that bring you far from where you started, and those that bring you back. But the most exciting, challenging and significant relationship of all is the one you have with yourself. And if you can find someone to love the you you love, well, that's just fabulous.

terça-feira, outubro 17, 2006

24


A série 24 relata os acontecimentos da vida do agente federal Jack Bauer interpretado por Kiefer Sutherland (a cara chapada do pai, diga-se de passagem) na sua luta diária contra o terrorismo. Cada temporada contém 24 episódios que descrevem, em tempo real, um dia na vida de Bauer.

O formato das temporadas é idêntico, ou seja, o fio condutor é sempre a luta para prevenir um ataque terrorista e a acção divide-se entre as instalações da CTU (Counter Terrorist Unit), as acções dos terroristas e uma figura importante do governo dos Estados Unidos, normalmente, o presidente.

Adoro:

- a acção em tempo real enfatizada com a utilização constante do relógio digital;

- o ritmo rápido dos acontecimentos e a ideia da divisão do ecrã em 2,3 ou 4 planos de acção distintos, tendo como denominador comum a mesma hora;

- as surpresas constantes no argumento, sobretudo, as traições cometidas pelas pessoas mais inesperadas e a morte de algumas personagens importantes (ooops, desculpem…);

- a adrenalina que a série transmite e o desespero de esperar pelo próximo episódio (um conselho: comprem a temporada em dvd e façam um fim de semana non stop a ver tudo)

- pela primeira vez numa séria vejo uma personagem principal fria, implacável e sem escrúpulos que, literalmente, leva tudo à frente, no intuito de alcançar os seus objectivos que culminam todos na segurança dos E.U.A.

Não gosto:
- Rigorosamente NADA a assinalar. Desculpem, mas é uma das minhas series preferidas…


sábado, outubro 14, 2006

Csi


Crime Scene Investigation é a série dramática do g´nero policial com maior sucesso nos Estados Unidos. Centrada em Las Vegas, um grupo de Csi's (cientistas forenses) desvenda crimes e mortes em circunstâncias pouco comuns durante o turno da noite ("graveyard-shift"). Cada pista é analisada exaustivamente usando a tecnologia mais avançada. Estas pistas podem ir desde fibras, líquidos corporais até aos próprios cadáveres e são a ferramenta ideal para chegar ao culpado de cada crime.
Ficaram para trás as séries de policias durões que davam primazia à intuição para surgir um conjunto de investigadores que usam técnicas cientificas para desmontar o mais rebuscado método.

Adoro: - a imprevisibilidade de alguns episódios;
- a actuação de Marg Helgenberg (Catherine Willows);
- o último épisódio da 5ªa série - Grave Danger - realizado por Quentin Tarantino

Gosto: - dos equipamentos usados nos laboratórios;
- de ter aprendido alguma coisa sobre formas de morte;
- das descrições entomológicas do Grissom.

Não gosto: - da sequêncialidade de alguns episódios que parece esquecer o desenvolvimento de algumas personagens:
- da actuação de George Eads (Nick Stokes).

segunda-feira, outubro 09, 2006

Até sempre, Matias!

É com profunda tristeza que vos trago esta notícia: o meu companheiro de viagem, lambão incansável e charmoso aldrabão sempre que pudesse daí resultar nem que fosse só mais um grama de comida, de bom feitio invejável (como atestam as fotografias), o sempre lindíssimo gato Matias (Tias para os amigos mais próximos) deixou-nos no passado sábado devido a problemas urinários e renais.

Lembram-se quem cantava isto?

Hoje, no caminho para o trabalho, ouvi esta versão de uma música do final dos anos oitenta. Apesar de não gostar do grupo que cantava o original, gostei muito desta versão que, nos tempos que correm, parece bastante actual.

sábado, outubro 07, 2006

Prison Break


A série Prison Break trata a tentativa de evasão a partir do plano que um preso leva para dentro da prisão com o objectivo de libertar o irmão condenado à morte. Até aqui nada de especial, mas se lhes disser que o preso (o lindíssimo Wentworth Miller) leva a planta da prisão tatuada em código no corpo, então pensamos que talvez valha a pena dar uma vista de olhos.
Adorei:
- As interpretações de Peter Stormore ( o mafioso) e de Robert Knepper (o pedófilo T Bag);
- O corpinho tatuado do Michael Scofield;
- As constantes reviravoltas e imprevistos ao plano que acontecem no final de cada episódio (ao estilo de lost e 24) que nos injectam na mente um substância aditiva e nos levam a não conseguir passar sem ver mais um episódio.

Gostei:
- A personagem Sara Tancredi ser bastante verosímil;
- Apesar de à primeira vista parecer uma série masculina, não o é.

Não gostei:
- A interpretação de Dominic Purcell (Lincoln Burrows) é mesmo fraca;
- A forma como foram contornados certos imprevistos ao plano tinham uma probabilidade mínima de dar certo;
- Dos diferentes ritmos entre a acção passada da prisão e a passada fora da prisão. Por incrível que pareça é muito mais intensa e viciante a acção no interior da prisão.

Vejam e depois digam-me o que acharam.

terça-feira, outubro 03, 2006

Séries à séria.

Quem me conhece sabe da minha paixão pelo cinema, contudo ultimamente é impossvel ficar indiferente à nova vaga de séries de qualidade que nos chegam aos olhos e ouvidos. O formato de longa metragem é completamente alterado, as estórias podem ter fim em cada episódio(CSI) ou continuar no episódio seguinte (Sopranos), desaparece a angustia de um final feliz (à Hollywood) ou credível (à Indie) e passamos a ter mais tempo para apreciar o desenvolvimento de cada personagem. Entram-nos por casa a dentro todas as semanas, ao longo dos episódios é possível observar a reacção de cada personagem a uma enormidade de acontecimentos. Cada uma ganha, com o tempo, uma específicidade maior e assim aproxima-se mais de cada um de nós, seres reais que vivemos a vida à seria.
Sou apreciadora de muitas séries e das mais recentes gosto de Lost, Sopranos, Sete palmos de terra, Serviço de urgência, CSI, 24, The L word, Prison Break, 4400 (provavelmente esqueci-me de alguma). Das mais antigas lembro-me de Buck Rogers, Gallactica, Pequenos vagabundos, Mash, Praias da china, Ficheiros secretos.
No próximo post falarei do que gosto e desgosto em cada uma delas e vou começar pelo Prison Break.
até breve

segunda-feira, outubro 02, 2006

O louco



Há uns anos, uma amiga veio cá a casa com o livro "Tarot e Numerologia", pediu-me uns dados sobre a minha data de nascimento e disse-me que ia calcular a minha carta de Tarot. Fez umas contas, franziu o sobrolho e disse : "Olha, a tua carta é o Louco, a única carta que não tem número". Eu perguntei: "Isso quer dizer o quê?". Então, ela leu: " O louco representa o aspecto irracional e espontâneo presente em qualquer forma de vida. Representa a força espiritual do génio que, estando no mundo, não pertence ao mundo."

Raios ma partam se não será verdade. Às vezes não reconheço o que me rodeia, parece que quase nada faz sentido. Sinto-me assim como a Ana Lucia do Lost!

I'm back!