E lá fomos nós ao sudoeste no primeiro dia. Rimos, dançamos, bebemos e curtimos até cair para o lado. Saímos de Portimão 5 horas (para algumas de nós foi um exagero) antes da primeira actuação, queriamos ir devagar parando e apreciando a paisagem da costa oeste algarvia e do sudoeste alentejano. Nem sabiamos bem o caminho mas chegadas ao cruzamento para a zambujeira vimos imensos carros em sentido contrário e quando num deles uns rapazinhos nos mandaram beijinhos, concluimos que tinhamos que virar para trás e seguir no mesmo sentido de todos.
Chegadas ao local, deparamo-nos com imensas tribos a chegar. Uns vinham da praia, outros ainda com as mochilas acabadinhos de chegar ao festival e outros do supermercado carregados de todos os "tipos de mantimentos".
Lá andamos pelo recinto participando nas actividades e sobretudo rindo imenso.
A abertura do festival esteve a cargo dos Gaiteiros de Lisboa que apresentaram sons que viajavam desde Portugal até ao Oriente passando por África, momento alto, a subida ao palco de Pac Man, dos Da Weasel que interpretou Terra de Ninguem com cheiro forte a hip hop.
Depois apareceram os Souls of Fire (grupo português de reggae) seguidos pelos tão esperados Brazilan Girls. Gostei particularmente deste grupo, pela mistura de influências e pela irreverência da sua vocalista que actuou toda a noite com um pano branco à volta da cabeça. Momento mais forte/quente quando se ouviu "Pussy Pussy Marijuana" colocou a malta toda bem alegre. Talvez a alegria também se devesse aos imensos fumos que por lá se sentiam, e não era só a influência musical que percorria os quatro cantos do mundo, os fumos também deixavam imaginar terras bem distantes, os locais da sua proveniência.
Mudamos de palco pois não queriamos perder o Seu Jorge e ainda assistimos aos The Kook que actuaram em acústico e para nosso espanto, parece que só nós não sabiamos a letra das suas canções, corrigo, sabiamos da última, uma versão do Crazy de Gnarls Barkley. Lá veio o Seu Jorge com os seus originais e duas versões do David Bowie, animado e sobretudo muito comunicativo.
Nova mudança de palco e lá fomos nós de novo para o palco Sudoeste onde ainda assistimos ao final dos Mattafix e ao seu conhecido Big City Light.
E finalmente, às 2 da matina lá veio o tão esperado Gentleman. Desculpem-me os fãs mas não gostei muito, primeiro porque as três primeiras músicas foram cantadas pelas meninas do coro, boas vozes sem dúvida, mas para quem teve tanto tempo à espera foi um pouco frustante, depois o senhor entrou com um speed que fazia impressão, parecia um disco na rotação errada, para além do facto de estar sempre a gritar "Portugal fire"!!! Bem, pelos diversos motivos que podem imaginar, num raio de 20 metros ali à volta a malta toda já estava de rastos e aquele speed todo até parecia mal. Claro que os fãs lá da frente estavam em êxtase. Valeu o superior e intoxication.
Deste festival gostei do espirito descontraido e alegre das pessoas e sobretudo do sorriso que troquei com o Luis Montez!